E
 o que as almas foram e ninguém disse e o que os amantes estranharam um 
no outro, o que a mulher ocultou sempre ao marido de quem é, o que teve 
forma só num sorriso, ou numa oportunidade, num tempo que não foi esse 
ou numa emoção que nos falta. (...)
Somos quem não somos. Que lágrimas choraram os que obtiveram, que lágrimas perderam os que conseguiram. 
Que
 mares soam em nós, na noite de sermos, pelas praias que nos sentimos 
nos alagamentos da emoção! Aquilo que se perdeu, aquilo que se deveria 
ter querido, aquilo que se queria, aquilo que se obteve e satisfez por 
erro, o que amávamos e perdemos, e depois de perder, vimos, amando por 
tê-lo perdido, que não o havíamos amado; o que julgávamos que pensávamos
 quando sentíamos, o que era uma memória e críamos que era uma emoção; e
 o mar todo ..."



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